quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vivendo e Aprendendo

Irmã!!!!



As experiências da vida nos fazem evoluir, sempre! Mesmo quando no momento achamos que o que está acontecendo parece que vai nos "matar", o "assassino" é para nossa evolução.
Com o amor evoluímos, mas com a dor a evolução é mais rápida. É como se fosse um tratamento de choque sabe?

As coisas foram acontecendo na minha vida sem que eu parasse pra pensar nas causas e consequências de cada episódio. Hoje creio que isso foi essencial para amenizar o sofrimento, mas também creio que foi o causador de um dos males que vivo agora (como sempre, levando numa boa e com a certeza que estou passando exatamente pelo que tenho que passar).

Primeiramente a mudança da minha mãe, que se originou em uma escolha errada que fiz e ela como mãe deu jeito de mudar a direção do meu destino, drasticamente, mas se não fosse assim, se não fosse pela força e pela inspiração dela no momento de fazer a coisa certa sem pensar muito no imediatismo dos meus sentimentos, mas sim na minha vida a longo prazo, tenho certeza que eu estaria em um buraco sem fim.

Será que um dia eu terei noção do que uma mãe é capaz de fazer por um filho? Será que vou ter a sabedoria de trilhar o caminho da criança até que ela possa caminhar com as próprias pernas? Muitas dúvidas me assaltam quando paro pra pensar .... fico muito confusa e dolorida, acho que é por isso que evito, mas como esse blog também foi feito pra demonstrar o que sinto por dentro e por fora, é importante que eu tente refletir sobre tudo que aconteceu.

No momento, decidi refletir sobre a minha irmã Fernanda. A Fernanda é minha irmã do meio, 1 ano e 4 meses mais nova do que eu e também é um pedaço essencial da minha vida, do meu eu, da minha identidade.

Quando minha mãe se mudou de país, ela o fez nos deixando com toda a estrutura para que pudéssemos progredir e andar com as próprias pernas. Mas êeeeee coisa difícil é caminhar com as próprias pernas né?

Moramos juntas, eu e Fernanda por um bom tempo. Eu, meio perdida em tudo quis substituir meu sentimento de irmã pelo de mãe. Claro que fiz tudo errado. Brigava e era dura demais com ela, fiz com que ela criasse um sentimento por mim um tanto quanto contraditório. Sei e tenho certeza que ela me ama, pois hoje em dia expressamos isso quase todos os dias, mas ela à época tinha um certo medo de mim. Coisa que eu não queria, não mesmo, mas aconteceu.

Hoje em dia eu tenho minha casa em virtude das minhas escolhas e ela tem a dela em outro estado, Caldas Novas - GO, em virtude das escolhas dela que quando foram feitas, eu, "dona do mundo" julguei de todas as formas possíveis, sem pensar que ela é uma pessoa com sentimentos próprios, desejos e vontades próprias e sobretudo com evolução própria.
Por isso irmã, estou aqui pra dizer que te amo muito, você faz parte da minha vida, é parte essencial e indissociável dela. Me desculpa por ter sido tão dura com você no passado, não sou dona da verdade. Hoje entendo que você precisa passar pelo que está passando e te desejo do fundo do meu coração toda a sorte e toda a felicidade do mundo. Pode contar comigo sempre!!!!

Te amo!!!

Mãeeee .... muita, muita, muita saudade!!!


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Acúmulo de Saudade



João Américo - 01 ano
Maria Luisa - 02 anos
João Victor - 05 anos
Sophia - 06 anos
Gabriel - 06 anos


Bom, Quando minha mãe foi mudou do Brasil há aproximadamente uns sete anos ela não foi sozinha com meu padrasto, o que por si só já me deixaria com um buraco enorme no peito, ela foi grávida de poucos meses dos meus irmãos gêmeos.
Quem me conhece sabe o quanto eu sou louca por criança, inclusive o sonho da minha vida era me tornar médica - pediatra pra cuidar de menino "melequento" o dia todo, o que por razões das circunstâncias ... não deu, mas meu amor pelas crianças ficou e ainda está fincado em mim.
Quando minha mãe decidiu que seria mãe novamente eu fiquei tão ... tão ... mas tão feliz que não me cabia em mim ... seria mais um pedacinho de mim pra eu poder curtir ... mas, mais uma vez pela danada da circunstância e destino, minha felicidade se foi junto com minha mãezinha pra bem longe.
Qual seria a solução? Eu ir junto? Não ... infelizmente não daria porque eu estava no começo da minha faculdade e minha mãe ainda não tinha se estabelecido em um lugar fixo. E por mais "coração" que eu seja, eu sentia que não era o certo a fazer, precisava seguir minha vida, tentar ser independente e também deixar minha mãe seguir a dela, pra que ela fosse feliz com a escolha que fez (mais que merecida, porque minha pequena já sofreu bastante na vida e alguns fatos serão cenas dos próximos posts, rs).

Pois é ... fiquei! E lá foi ela pra França com meus pequeninos na barriguinha dela, foi uma gravidez sofrida, solitária porque meu padrasto, coitado, estava correndo de um país a outro a trabalho.
Diante da gravidez tumultuada me comprometi (e a mãe comprou a idéia) de passar as últimas semanas de gravidez com ela e as primeiras semanas de vida dos irmãos também a ajudando e claro cheirando e curtindo os pequenos.
E foi quaaaaaseee assim ... passagem comprada, previsão de parto ok e eles, apressadinhos, adiantam a vinda em duas semanas. Háaaaaaaaaaaaaaaaa .....
Quase tive um treco daqui né! Mas quando cheguei lá e vi que minha mãe estava bem e aqueles dois pedacinhos de gente, lindos, deitadinhos no berço, me deu vontade de ficar ali pra sempre!
E o que era pra ser trinta dias, virou quase quatro meses, pois é, não consegui desgrudar e só voltei pro meu mundo (que racionalmente seria o certo a fazer, mas que emocionalmente me matou), e só o fiz porque minha mãe também veio para o Brasil passar dois meses e apresentar os rebentos à família.

Quando eles foram embora, foi terrível. Deixa-los no aeroporto acho que foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida e só de lembrar, choro, claro.

Apesar da distância, sempre procurei não pensar muito nas mudanças bruscas ou no buraco que ficou em mim, mas inconscientemente e com muita "mãozinha de Deus" eu fui tentando preencher os buracos que ficaram.

Algum tempo depois que minha mãe foi embora, uma amiga muito querida soube que estava grávida, fiquei tão feliz que quase a sufoquei durante toda a gravidez e até hoje o João Victor, filho dela, é uma das pessoas mais importantes na minha vida. Ele me ajudou tanto a superar aquela ausência doída sabe?! No começo eu não entendia porque tinha me apegado tanto a ele, mas analisando tudo, apesar dele ser lindo, doce, um amorzinho, é lógico que ele veio preencher aquele vazio que tinha ficado né. Hoje o João Victor está com 5 aninhos e é lindo, vcs não fazem idéia!


Depois dele veio a Maria Luisa, um dos presentes mais lindos que Deus me enviou, ela é filha de uma amiga de infância, a Juliana, ela e a família dela sempre tiveram um lugar muito especial na minha vida e saber que ela estava grávida foi muuuuuito especial pra mim! Lembro como se fosse hoje ela me ligando e falando assim, "Robertaaaaa, adivinhaaaa???? Arrumei um problema pra minha vida do tamanho do Gabriel e da Sophia..." rsrsrs quase morri néeee!!!!!! A Malu ou como ela mesmo fala "Dabalu" é, também, essencial na minha vida. O amor que tenho por ela e que ela tem por mim também não é desse mundo.

E vocês acham que acabou?

Depois da Malu ainda ganhei mais um presentão ... o João Américo!!!! O João Américo é filho da Tatiana, irmã da Juliana, a Tata é minha melhor amiga de infância, em todos os momentos marcantes da minha vida, lá estava ela. E agora estamos mais unidas do que nunca, e o motivo? O Xoãoooooooooooo .... o gordinho mais lindo e goxxxxtoso da minha vida!!! Uma criança linda, dengosa, carinhosa, um amorrrrr ... ele vai fazer um aninho semana que vem!

As vezes fico pensando sabe, Deus foi realmente muito bom pra mim, a minha vida ficou de cabeça pra baixo, mas teve um motivo. Cresci muito e Ele foi me dando remedinhos pra que eu fosse esquecendo a dor. Mas o remédio foi o melhor do mundo.

Mãe e meus pequenos. Os amo muito e sinto por demais a falta de vocês em cada momento da minha vida.

Uma ótima semana pra vocês.